quarta-feira, 18 de abril de 2007

Herança da terra na zona colonial do RS


A mulher imigrante vêneta, ou italiana, com o seu trabalho árduo, participava em pé de igualdade com o homem, na manutenção da propriedade e na educação dos numerosos filhos. Ela foi a responsável direta pelo sucesso da imigração italiana em terras gaúchas e pela conservação da cultura originária, que ao passar para os filhos, pode se conservar até os nossos dias.

Apesar de toda essa importância, à mulher vêneta imigrante, não era reconhecido nenhum direito à terra. A terra não fazia parte da herança da mulher imigrante na zona colonial italiana do Rio Grande do Sul. Se tivesse irmãos, por herança ela nunca se tornava proprietária de um pedaço de terra, o que podia acontecer somente quando ficava viúva ou, se solteira, com a morte dos pais, fosse filha única ou não ter irmãos.

Quando acontecia o falecimento de um dos pais, a propriedade rural, deixada como herança, era dividida somente entre os filhos homens.

Também a divisão dos bens deixados como herança obedecia a uma divisão desigual que quase nunca favorecia a mulher. Quando o filho casava recebia um pedaço de terra para trabalhar e construir a sua casa e a filha, quando muito, recebia alguma coisa para o enxoval. Parte deste foi confeccionado por ela mesmo, em anos de trabalho de noite, no tempo livre e pago desde moça, com pequenos trabalhos manuais ou recursos de pequenas vendas no mercado.

Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
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sexta-feira, 6 de abril de 2007

Imigração da Mulher

A imigração no Rio Grande do Sul se caracterizou por ser prevalentemente realizada por inteiras famílias rurais, sobretudo formada por jovens, diferente de outros locais onde a grande predominância era masculina. Dados sobre a imigração italiana no Estado relatam que na colônia de Caxias a relação entre o imigrante do sexo masculino e feminino era da ordem de 1057 homens para 816 mulheres. Nas colônias gaúchas, a mulher se casava muito cedo e vinham a ter 10, 12 ou mais filhos, situação que se manteve inalterada aqui no Rio Grande do Sul em comparação com as terras de origem no Vêneto.

A presença feminina atenuou o impacto do imigrante com a nova terra, facilitando a sua integração e de toda a família, criando condições para o desenvolvimento econômico das mesmas. Ela foi fator decisivo para fixação do homem à terra e com o seu trabalho muito concorreu para o progresso familiar.

Mantida longe da escola, para ser aproveitada em todos os afazeres domésticos, a mulher vêneta imigrante, era na sua grande maioria analfabeta, submissa e privada do direito de hereditariedade, excluída da escola e do uso do dinheiro.